Um dos desafios que os jovens herdeiros se deparam quando começam a frequentar mais regularmente a empresa familiar diz respeito à convivência e relacionamento com os demais empregados. Muitas vezes, essas relações podem ultrapassar as barreiras do profissionalismo, trazendo riscos para a organização.
Não são incomuns casos de pessoas que se aproximam dos sucessores por serem mais jovens, com menos experiência e mais ingenuidade, com o objetivo de alcançar objetivos particulares. E, na ânsia não desagradar, alguns jovens herdeiros acabam descumprindo procedimentos ou defendendo ideias que não agregam valor ao negócio.
Sabemos que esse é um movimento que acontece, muitas vezes, de forma natural e que é importante que o sucessor construa vínculos de confiança e proximidade com as pessoas que, no futuro, ele irá comandar. No entanto, é preciso cuidado para não acabar desconsiderando os interesses da empresa em prol desses relacionamentos.
A educação e o respeito sempre devem prevalecer nas interações com subordinados, sem intimidade ou favoritismo, e sempre lembrando que existe uma grande diferença entre amizade e relações profissionais amigáveis. Os limites devem ser estabelecidos desde a entrada do herdeiro na empresa familiar, sempre deixando claro que por mais desconfortável, os objetivos do negócio serão sempre colocados em primeiro lugar.
Georgina Santos
TGI Consultoria