Toda empresa familiar, em um dado momento, terá que passar por um processo de sucessão. Entretanto, encontramos algumas empresas que fazem o dever de casa e têm um plano sucessório bem estabelecido, mas descuidam ao compartilhar e engajar seus próprios executivos neste projeto.
Apesar de ser um assunto de cunho familiar, a sucessão é um tema de grande interesse para aqueles que não são da família, mas que são afetados diretamente pelo desempenho da empresa. Por isso, é muito importante que os principais pontos do processo de sucessão sejam compartilhados com todos, do contrário, pode acabar sendo criado um ambiente de incertezas no futuro, que nada de bom trará para os negócios.
A insegurança sobre o rumo que a organização tomará, o receio por não saber como o processo será conduzido ou até mesmo a dúvida de se a família está tratando o assunto com a importância adequada ou se está “levando de qualquer forma” podem gerar desmotivação da equipe por não ver boas perspectivas de futuro ou mesmo dificultar a relação dos executivos com o sucessor escolhido para assumir a direção.
Claro que não é preciso expor o plano sucessório em seus mínimos detalhes nem muito menos questões íntimas da família, mas os executivos precisam entender como se dará o processo e quais serão os seus papéis nessa transição. Eles podem, inclusive, contribuir com a experiência e com uma visão mais ampla e imparcial do negócio, já que não fazem parte da família, tornando mais rico o plano de sucessão e mais comprometidos com seus resultados.