A necessidade de simplificar o processo de formação de sucessores é uma unanimidade entre os especialistas em gestão de empresas familiares. De fato, a experiência mostra que esses programas não precisam ser complexos e que a diferença entre o sucesso e o fracasso está na simplicidade. Porém, o fato de ser simples não pressupõe a eliminação de atividades trabalhosas ou pouco prazerosas como a monitoração, mas que são essenciais.
É compreensível que, no auge da pandemia, quando todos ainda estavam buscando se adaptar a uma nova realidade, o monitoramento dos programas de formação tenha sido deixado um pouco de lado, já que a prioridade era adaptar o negócio à nova realidade para se manter vivo. Porém, naquelas empresas que não conseguiram retomar esse acompanhamento, o que vemos agora é uma volta, com mais ênfase, de problemas do passado que já estavam bem administrados.
A equação é simples. Quando a monitoração deixa de acontecer, abre espaço para que atividades importantes e estratégicas caiam no esquecimento, para que falhas aconteçam com mais frequência e não sejam identificadas em tempo hábil para sua resolução, colocando em xeque o processo de formação desses jovens que estão apenas começando a aprender o que significa comandar uma empresa.
Por isso, não podemos esquecer que, apesar da pandemia – que segue acontecendo e ainda sem data para terminar – criar formas e estratégias de monitorar o desempenho dos sucessores é essencial, garantindo que o plano siga e que as dificuldades sejam tratadas de forma imediata. Do contrário, corre-se o risco de perder uma boa parte do que já foi construído até o momento.
Georgina Santos
TGI Consultoria