Já falamos anteriormente que, no caminho para se manterem competitivas e sustentáveis por gerações, as empresas familiares precisam, obrigatoriamente, resolver a equação do processo sucessório. No entanto, diante de um mercado cada vez mais exigente e em constante mudança, a sucessão se torna apenas um dos ponto a serem trabalhados. É preciso atentar também para a necessidade de superar a barreira da inovação.
Isso porque, na grande maioria das empresas de formação familiar, inovar ainda é um tabu. Não por acaso, muitas pessoas ainda associam negócios familiares com organizações antiquadas e sem capacidade de modernização. E essa visão se explica diante de alguns fatores.
De maneira geral, nas empresas familiares existe a ideia de que “ninguém entende do nosso negócio como nós mesmos”. Isso leva a uma falta de disposição dos integrantes da família empresária em adotar boas ideias vindo de fora. Além disso, como todas as “fichas” estão apostadas em um único lugar, existe certo receio em assumir riscos, o que muitas vezes acaba estagnando os processos.
Há ainda a resistência por parte das gerações mais antigas de se adaptarem às novas tecnologias, pois estão acostumadas com os hábitos de uma gestão mais simples. Mas nada disso pode ser um entrave para a inovação, sob o risco de perder participação e relevância no mercado.
Então, é necessário introduzir pequenas mudanças de modo que essa cultura mais “conservadora” não seja avessa à modernização. É preciso lembrar que a inspiração vem de cima, ou seja, a inovação em empresas familiares somente é possível quando toda a liderança atua como incentivadora.
Dar espaço para trocas de ideias, criar grupos de discussão e intensificar o contato entre líderes e liderados é fundamental, assim como sustentar os erros que podem acontecer quando se investe em novas ideias. Afinal, sem riscos, não há crescimento. Arriscado é não inovar.