O tema é delicado e ainda carrega certo tabu, mas infelizmente, com a pandemia, está bastante presente no nosso dia a dia: a morte. Todos nós temos certo receio em falar sobre o assunto e isso, muitas vezes, tem razões de ordem cultural, folclórica e até mesmo psicológica. E no âmbito das empresas familiares, falar da perda de um ente querido e líder é tarefa ainda mais difícil, porém necessária.
Perder precocemente uma liderança da empresa familiar, quando não se está preparado para isso, mexe com o ânimo e motivação de todos os empregados – quer sejam da família ou não. É como se, de repente, abrisse um vazio em seu propósito, o que pode acabar impactando diretamente no futuro do negócio.
Por isso, para evitar que o legado se perca, é preciso que haja um realinhamento de rota, por mais difícil que seja. Não se pode fingir que tudo continuará igual, porque não vai. O momento pede conversa, reconstrução e integração. É importante repactuar como será dali para frente, em questões práticas como estrutura e funcionamento da empresa.
Não é só redistribuir funções, mas sim recalcular a rota e os objetivos do negócio. Com certeza, o simples fato de reunir a família e falar sobre a perda já ajudará a lidar melhor com a falta, além de ser uma boa maneira de repactuar e alinhar os novos propósitos, levar a empresa para frente e manter viva a história e o legado de quem se foi.