Nas empresas familiares, é recorrente o pensamento de que dedicar tempo e atenção às questões vistas como particulares dos integrantes da família é desnecessário ou, até mesmo, invasão de privacidade. Porém, é importante atentar que, se situações de âmbito mais pessoal têm o poder de interferir no dia a dia ou no futuro dos negócios, o assunto passa a ser de interesse da família empresária como um todo.
As estatísticas revelam que a principal ameaça à longevidade das empresas familiares não está em questões políticas, econômicas ou sociais, mas sim no descuido da administração dos conflitos entre os familiares. Isso porque, muitas vezes, questões pessoais, conflitos ou disputas de interesses podem interferir na gestão, na imagem ou no patrimônio da organização, colocando-a em risco.
E quando falamos em tratar das questões pessoais da família isso não quer dizer “se meter” na vida dos outros ou levar os problemas familiares para dentro da organização, mas cuidar para que eles não aconteçam e acabem refletindo no negócio.
Não é por acaso que as famílias empresárias vêm trabalhando, principalmente com as gerações mais novas, orientando para o regime mais adequado de casamento, o desenvolvimento profissional, as melhores formas de utilizar os recursos da empresa, bem como a conduta ética desejada de seus integrantes.
Neste caminho, é essencial que todos compreendam a família empresária como um sistema que tem uma interdependência complexa entre seus integrantes e as empresas das quais são proprietários; e para que essa engrenagem funcione corretamente, se faz necessário estabelecer regras, acordos, códigos de ética e conduta que norteiem as ações de todos, independente de estarem trabalhando ou não nos empreendimentos familiares.
TGI Consultoria