Lidar com cálculos e questões financeiras não é algo que todo mundo gosta ou tem habilidade. Muito por isso, não é incomum encontrarmos empresas familiares que entregam para uma única pessoa da família a responsabilidade por gerir os números e o caixa da organização. Mas será que esta seria uma prática correta e saudável para o negócio?
A resposta é não. Isso porque os indicadores financeiros de qualquer empresa, seja ela de formação familiar ou não, têm impacto estratégico direto no seu desempenho, podendo barrar qualquer inovação e ajuste em seus processos. Então, quando esses dados não são compartilhados e discutidos em conjunto, pode acabar gerando conflitos que podem colocar o negócio em risco.
Além disso, não é raro que aconteça uma distorção de poder, quando essas pessoas que detém os números nas mãos começam a se achar os “donos do dinheiro”, determinando o que pode e o que não pode ser feito, com base unicamente nas questões financeiras e sem considerar o contexto geral da organização nem as ameaças do mercado.
Por isso, é muito importante que, principalmente em uma empresa familiar, exista uma sistemática para que os números sejam mais compartilhados com a família e as lideranças estratégicas, com prestação de contas e análise de indicadores, para que conheçam a real situação financeira do negócio.
A operação desses dados pode até ficar sob responsabilidade de uma única pessoa, mas é essencial que haja esse compartilhamento, afinal, caso aconteça qualquer problema, as consequências recairão sobre toda a família empresária.