Quando observamos a realidade de empresas familiares que estão começando a investir na profissionalização, é comum perceber que a resistência às mudanças acontece mais por parte dos próprios empregados do que por parte da família. Isso porque a profissionalização envolve a introdução de práticas e processos de gestão mais formais, muitas vezes resultando em uma mudança significativa na dinâmica e na cultura da organização.
Então, aqueles empregados que já estavam acostumados a fazer como acham mais fácil e conveniente e a não terem cuidado com o cumprimento de prazos e regras, serão fortemente impactados, causando insatisfação e, em alguns casos, até mesmo o boicote ao processo de governança. No entanto, essa resistência não é insuperável.
O primeiro passo para buscar amenizar os impactos das mudanças trazidas pela profissionalização deve ser a comunicação transparente. Falar abertamente e de maneira clara sobre a necessidade e os benefícios da profissionalização, destacando como o processo pode preservar a sustentabilidade da empresa a longo prazo, vai ajudar a reduzir o medo e a incerteza, além de despertar o interesse em reaprender.
Implementar mudanças de forma gradual também vai ajudar a minimizar o choque cultural. Isso permite que todos que fazem parte da organização se acostumem gradativamente com as novas práticas e processos, sem sentir que suas posições estão sendo ameaçadas. E por fim, é preciso investir em capacitação e treinamento, promovendo aos empregados o acesso às habilidades necessárias para se envolverem eficazmente nas operações profissionalizadas.