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Monitorar o processo de formação de sucessores é essencial

A necessidade de simplificar o processo de formação de sucessores é uma unanimidade entre os especialistas em gestão de empresas familiares. De fato, a experiência mostra que esses programas não precisam ser complexos e que a diferença entre o sucesso e o fracasso está na simplicidade. Porém, o fato de ser simples não pressupõe a eliminação de atividades trabalhosas ou pouco prazerosas como a monitoração, mas que são essenciais. É compreensível que, no auge da pandemia, quando todos ainda estavam buscando se adaptar a uma nova realidade, o monitoramento dos programas de formação tenha sido deixado um pouco de lado, já que a prioridade era adaptar o negócio à nova realidade para se manter vivo. Porém, naquelas empresas que não conseguiram retomar esse acompanhamento, o que vemos agora é uma volta, com mais ênfase, de problemas do passado que já estavam bem administrados. A equação é simples. Quando a monitoração deixa de acontecer, abre espaço para que atividades importantes e estratégicas caiam no esquecimento, para que falhas aconteçam com mais frequência e não sejam identificadas em tempo hábil para sua resolução, colocando em xeque o processo de formação desses jovens que estão apenas começando a aprender o que significa comandar uma empresa. Por isso, não podemos esquecer que, apesar da pandemia – que segue acontecendo e ainda sem data para terminar – criar formas e estratégias de monitorar o desempenho dos sucessores é essencial, garantindo que o plano siga e que as dificuldades sejam tratadas de forma imediata. Do contrário, corre-se o risco de perder uma boa parte do que já foi construído até o momento. Georgina Santos TGI Consultoria

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Organização e disciplina na formação de sucessores

O processo de formação de sucessores, por si só, é um desafio para as empresas familiares. Afinal, profissionais despreparados no comando de um negócio podem colocar a perder tudo aquilo que já foi conquistado. No entanto, um dos maiores problemas que encontramos nos programas de preparação desses jovens, e que num primeiro momento parece algo simples e sem importância, é a pouca orientação sobre questões como planejamento e organização do dia a dia de trabalho. Quando iniciam o processo de formação, no geral, os futuros sucessores estão saindo da faculdade e só conhecem, até então, um ritmo de vida onde têm mais horas livres do que demandas e obrigações. Porém, quando entram no mercado de trabalho, começam a se deparar com os primeiros desafios da gestão do tempo. Não são raros os casos de jovens que iniciam suas trajetórias nas empresas familiares sem o hábito de anotar compromissos e registrar suas pendências na agenda. Não planejam as semanas de trabalho, não traçam estratégias e estão sempre na expectativa de que alguém assuma a função de lembrá-los do que precisam fazer. Mas eles não são os únicos “culpados”. De fato, observamos um certo relaxamento por parte das famílias empresárias nesta questão. Em geral, nas empresas familiares, a paciência e tolerância ao erro tende a ser mais alta com os integrantes da família, muitas vezes sem grandes consequências, o que acaba não estimulando o desenvolvimento de características essenciais como disciplina e planejamento sistemático. E esse comportamento pode até parecer inofensivo num primeiro momento, já que são profissionais em início de carreira, aprendendo o que significa gerenciar uma empresa. No entanto, se não for administrado, coloca em grande risco o desempenho desses futuros sucessores, restringindo as suas possibilidades de crescimento e podendo até, no futuro, afetar os negócios negativamente. Georgina Santos TGI Consultoria

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O Conselho de Família e a longevidade das empresas familiares

No âmbito das empresas familiares, pesquisas apontam que, apesar de entenderem a importância de criar estratégias para administrar as interfaces entre a família e o negócio, ainda são poucas as organizações que possuem um Conselho de Família estruturado. Mas então, o que os impede? Entre as principais razões apontadas para a não implantação do Conselho de Família, destacam-se a falta de interesse das lideranças no tema, o pouco conhecimento sobre como estruturá-lo e, ainda, a falta de engajamento dos familiares nos negócios. E, mesmo quando conseguem implantar a iniciativa, muitas empresas dizem encontrar dificuldades para consolidar o Conselho de Família, como o medo de criar ou aumentar os conflitos entre os familiares, os recursos financeiros limitados e a falta de preparo dos integrantes da família para terem informações estratégicas sobre a organização. Esse cenário acende um alerta, pois a experiência mostra que, quando a interface empresa-família não é cuidada, pode representar uma grande ameaça para a longevidade dos negócios. É importante lembrar que não tratar os conflitos não vai fazer com que eles deixem de aparecer ou diminuam com o tempo. Pelo contrário. Os conflitos, quando não são tratados, agem como uma “doença silenciosa”. Não apresentam sintomas e, quando aparecem, já estão fora de controle. Por outro lado, quando os conflitos são tratados com técnicas adequadas, a empresa vai amadurecendo, os embates diários são superados com mais facilidade, com regras mais estabelecidas e acordos firmados, o que contribui para a saúde da empresa e da família. Neste sentido, ter um Conselho de Família significa estabelecer um espaço para trabalhar as questões familiares que podem repercutir nos negócios e vice-versa, em um ambiente neutro e estratégico, onde o principal objetivo é zelar pelo patrimônio e pela história da empresa familiar, bem como preparar as futuras gerações para dar continuidade ao crescimento do legado da família. Georgina Santos TGI Consultoria

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Como otimizar as contratações nas empresas familiares

Nas empresas familiares, é muito comum e natural que os integrantes da família empresária recebam currículos e pedidos de emprego vindos de diversas fontes. Principalmente agora, com muita demanda por oportunidades de trabalho por conta da crise provocada pela COVID-19, temos percebido que essa prática se tornou ainda mais frequente. Porém, é preciso cuidado com esses pedidos. Muitas vezes as pessoas da família se veem em uma situação difícil de administrar quando recebem esses apelos. Algumas optam por nem considerar e responder quem enviou o currículo para não se comprometer. Outras acabam forçando uma contratação para ajudar, mesmo quando não há necessidade para a empresa ou capacidade técnica do contratado para o cargo. Nos dois casos, o resultado será o mesmo. Relações desgastadas e, até mesmo, prejuízos para o negócio. Por isso, a melhor saída é a criação de regras e critérios bem definidos para as contratações. Muitas empresas familiares já fazem isso e têm resultados positivos, tornando não só as seleções mais assertivas, mas também facilitando para os integrantes da família empresária na hora de dar retorno aos pedidos de “amigos”. Desta forma, eles podem até receber os currículos, mas poderão deixar claro para os solicitantes que a empresa dispõe de uma política preestabelecida para recrutamentos e que irá encaminhar a indicação para o setor de RH considerar e avaliar o profissional quando houver uma seleção em andamento. Assim, os dois lados saem ganhando. O profissional que está em busca de uma colocação poderá ter seu currículo considerado em alguma oportunidade e a empresa cria um banco de talentos para otimizar os processos seletivos. Se você está em busca de ajuda para sua empresa familiar, fale conosco! Georgina Santos TGI Consultoria

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A perda de lideranças nas empresas familiares

O tema é delicado e ainda carrega certo tabu, mas infelizmente, com a pandemia, está bastante presente no nosso dia a dia: a morte. Todos nós temos certo receio em falar sobre o assunto e isso, muitas vezes, tem razões de ordem cultural, folclórica e até mesmo psicológica. E no âmbito das empresas familiares, falar da perda de um ente querido e líder é tarefa ainda mais difícil, porém necessária. Perder precocemente uma liderança da empresa familiar, quando não se está preparado para isso, mexe com o ânimo e motivação de todos os empregados – quer sejam da família ou não. É como se, de repente, abrisse um vazio em seu propósito, o que pode acabar impactando diretamente no futuro do negócio. Por isso, para evitar que o legado se perca, é preciso que haja um realinhamento de rota, por mais difícil que seja. Não se pode fingir que tudo continuará igual, porque não vai. O momento pede conversa, reconstrução e integração. É importante repactuar como será dali para frente, em questões práticas como estrutura e funcionamento da empresa. Não é só redistribuir funções, mas sim recalcular a rota e os objetivos do negócio. Com certeza, o simples fato de reunir a família e falar sobre a perda já ajudará a lidar melhor com a falta, além de ser uma boa maneira de repactuar e alinhar os novos propósitos, levar a empresa para frente e manter viva a história e o legado de quem se foi.

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Acordos e regras nas empresas familiares

Nas empresas familiares, não é incomum que aconteçam episódios de quebra de regras previamente estabelecidas por parte dos integrantes da família empresária. Mas por que será que os acordos de trabalho são mais difíceis de se consolidarem e serem cumpridos nessas organizações? A verdade é que essas quebras de regras acontecem em todos os tipos de empresas, independente das suas formações. No entanto, naquelas de cunho familiar, ainda existe um pudor ou medo em apontar os erros e corrigir pessoas que fazem parte da família, e talvez por isso esse problema seja tão recorrente. É como se os laços sanguíneos as autorizassem a agir da forma que bem querem, sem levar em conta as normas e procedimentos preestabelecidos. Por outro lado, um dos pilares da profissionalização das empresas familiares traz em seu escopo a necessidade de definir os processos e os fluxos da operação, alinhá-los e fazê-los serem cumpridos. Isso nem sempre vai agradar todo mundo, mas é necessário para a manutenção da qualidade e a continuidade padronizada das rotinas de trabalho. Mas como fazer para que os acordos e regras sejam de fato cumpridos pelas famílias empresárias? A reposta é: fazendo a verificação do cumprimento desde o começo. É comum que as pessoas “testem” o descumprimento das regras para ver se é pra valer mesmo, ou até mesmo esqueçam os novos processos no início. Por isso, ter pulso firme desde o primeiro momento é essencial. O melhor caminho, mesmo que não seja o mais fácil, é sempre expor o fato e chamar a atenção de quem não está cumprindo os acordos, seja qual for a ligação com a família. Do contrário, as decisões acabam sendo banalizadas, nunca haverá um controle da rotina de trabalho e o mais prejudicado, no fim das contas, será o negócio.

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Faz diferença compartilhar o plano de sucessão das empresas familiares

Toda empresa familiar, em um dado momento, terá que passar por um processo de sucessão. Entretanto, encontramos algumas empresas que fazem o dever de casa e têm um plano sucessório bem estabelecido, mas descuidam ao compartilhar e engajar seus próprios executivos neste projeto. Apesar de ser um assunto de cunho familiar, a sucessão é um tema de grande interesse para aqueles que não são da família, mas que são afetados diretamente pelo desempenho da empresa. Por isso, é muito importante que os principais pontos do processo de sucessão sejam compartilhados com todos, do contrário, pode acabar sendo criado um ambiente de incertezas no futuro, que nada de bom trará para os negócios. A insegurança sobre o rumo que a organização tomará, o receio por não saber como o processo será conduzido ou até mesmo a dúvida de se a família está tratando o assunto com a importância adequada ou se está “levando de qualquer forma” podem gerar desmotivação da equipe por não ver boas perspectivas de futuro ou mesmo dificultar a relação dos executivos com o sucessor escolhido para assumir a direção. Claro que não é preciso expor o plano sucessório em seus mínimos detalhes nem muito menos questões íntimas da família, mas os executivos precisam entender como se dará o processo e quais serão os seus papéis nessa transição. Eles podem, inclusive, contribuir com a experiência e com uma visão mais ampla e imparcial do negócio, já que não fazem parte da família, tornando mais rico o plano de sucessão e mais comprometidos com seus resultados.

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Salário e meritocracia nas empresas familiares

A definição da remuneração dos familiares que trabalham na empresa é uma das tarefas mais complexas. Normalmente, os pais e os tios querem evitar conflitos e, dentro de seus “padrões de justiça”, acham que a melhor saída é pagar o mesmo valor para todos os filhos e sobrinhos da mesma faixa etária que atuam no negócio, o que pode ser uma armadilha. De modo geral, os futuros sucessores exercem funções diferentes na empresa familiar, não tendo nem o mesmo nível de responsabilidade e nem de desempenho em seus cargos. É correto, então, que tenham a  mesma remuneração? Não só não é o correto quanto pode ser um enorme gatilho para o aumento dos conflitos. Além disso, esta prática acaba por desestimular quem é mais competente e apresenta um melhor desempenho, acomodando ainda mais aqueles que já entregam poucos resultados. Por isso, é preciso que todos os envolvidos – veteranos e herdeiros – saibam que ser da família não é pré-requisito para ganhar salários iguais, padronizados. Devem ser priorizados, sempre, aspectos como competência, experiência, empenho na formação inicial e continuada, dedicação ao trabalho, entre outros. Em resumo, a meritocracia pode e deve existir nas empresas familiares. Claro que as oportunidades devem ser iguais para todos, mas o retorno financeiro disso sempre deve estar atrelado ao resultado entregue.

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Longevidade vai além de cuidar dos negócios

Para muitos familiares no comando dos negócios, dedicar tempo e atenção às questões vistas como particulares dos demais integrantes da família é considerado desnecessário ou, até mesmo, invasão de privacidade. É importante, porém, atentar que situações de âmbito mais pessoal têm o poder de interferir no dia a dia ou no futuro dos negócios, seja na gestão, na imagem da empresa ou no patrimônio e, por isso, o assunto deixa de ser pertinente só àquele núcleo familiar diretamente impactado e passa a ser de interesse da família empresária como um todo. Diversas pesquisas mostram que a maioria dos empreendimentos familiares fracassa por falta de alinhamento entre os interesses da família e os interesses dos negócios. Ou seja, as estatísticas revelam que a principal ameaça não está em questões políticas, econômicas ou sociais, mas sim no descuido da administração dos conflitos entre os familiares, envolvendo poder, status, dinheiro, reconhecimento, credibilidade, apoio às ideias, etc. Na dúvida se a questão é de natureza pessoal ou não, basta analisar o risco do seu impacto no negócio. E isso não quer dizer “se intrometer” na vida dos outros ou levar os problemas familiares para dentro da organização, mas cuidar para que eles não se amplifiquem e acabem refletindo no negócio. Não é por acaso que as famílias empresárias vêm trabalhando, principalmente com as gerações mais novas, orientando para o regime de casamento, o desenvolvimento profissional, para o bom uso dos recursos da empresa, bem como para a conduta ética desejada de seus integrantes. O receio de frustrar os herdeiros ou de gerar conflitos por fazer os enquadramentos necessários ou “impor” limites pode ocasionar muitos problemas hoje e no futuro. Neste caminho, é preciso que todos compreendam a família empresária como um sistema que tem uma interdependência complexa entre seus integrantes e as empresas das quais são proprietários. E para que essa engrenagem funcione corretamente, faz-se necessário estabelecer regras, acordos, códigos de ética e conduta que norteiem as ações de todos, independente de estarem trabalhando ou não nos empreendimentos familiares. Muito além de definir como cada indivíduo deve agir, é preciso explicar como as atitudes de cada um refletem no legado da família empresária, afinal, eles carregam mundo afora o sobrenome que dá personalidade à organização. Essa necessidade só reforça, como já falamos anteriormente, a importância de estruturar um conselho de família. A partir dele, será possível debater, organizar e estabelecer as regras e os pactos de forma explícita para garantir a longevidade da família empresária com seus valores e princípios intactos. Georgina Santos Sócia da TGI Consultoria

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A negação do patrimônio

São muitos os jovens herdeiros que preferem não seguir carreira dentro da empresa da própria família. Mesmo tendo espaço para crescer dentro da organização, que é sua, eles insistem em afirmar que querem “cuidar da própria vida”. Mas, por que isso acontece? O que de fato tem levado esses jovens herdeiros a optar por outros caminhos? Uma das respostas pode estar na pouca visibilidade que eles têm sobre o processo de sucessão e como é possível fazer carreira dentro da própria organização. Outro obstáculo que pode justificar esse distanciamento da organização familiar é o mito de que um negócio profissional não deve ter gente da família na gestão. Sem dúvidas a profissionalização é importante para que o negócio cresça e continue, com a contratação de pessoas que não são da família em cargos de gerência e diretoria, por exemplo. Mas isso não pode ser regra, pelo contrário, esses mesmos cargos também podem ter membros da família, desde que exista o preparo e afinidade com a função. Além disso, o desejo de independência desses jovens e a vontade de atuar em uma área diferente daquela do negócio familiar também tem afastado cada vez mais do processo sucessório. Mas, será que não é possível conciliar as duas coisas? É preciso entender que seguir uma carreira alternativa e ser independente não significa negar totalmente o patrimônio erguido pelos pais. Até porque ainda que o jovem herdeiro não tenha nenhum interesse direto no negócio, ele deve acompanhar a partir de reuniões, conhecendo o mercado onde a atividade está inserida; lendo sobre a área e fazendo entender os números da empresa para saber as tendências de mercado. Acima de tudo, é importante que o herdeiro lembre que o negócio será dele, mais cedo ou mais tarde. Afinal, um dia ele assumirá como acionista ou fará parte do conselho de família, participando da empresa em alguma instância. E quanto mais envolvido ele estiver, melhores serão as condições de cuidar dela no futuro. Georgina Santos Sócia da TGI Consultoria

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